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Pandemia

21 de maio de 2020

UFPel encerra primeira fase de testes de estudo epidemiológico três dias depois do previsto

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Decisão foi tomada para garantir o cumprimento da meta, de testar 99 mil pessoas em todos os Estados do País. Coordenação deve divulgar resultado na próxima segunda-feira

O Ibope Inteligência encerrou hoje (21/05) os trabalhos de campo da primeira fase do estudo epidemiológico para covid-19, liderado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e financiado pelo Ministério da Saúde, que irá medir a evolução da doença em todo o território nacional. O estudo prevê a realização de testes para a doença em 133 cidades a cada duas semanas e em três fases na mesma base populacional. Até às 19 horas de terça-feira (dia 19/05), dois dias depois do encerramento previsto para a primeira fase, o número de coletas ficou abaixo de 20% da meta em 30 cidades, e abaixo de 50% em outras 14, segundo o mapa divulgado pela UFPel. A meta era testar 250 pessoas em cada uma entre quinta-feira (14/05) e domingo (17/05). O trabalho de campo foi então, estendido por mais dois dias.

O balanço oficial da coordenação da pesquisa é de sexta-feira e informa que, das 99 mil entrevistas previstas, apenas 9.321 tinham sido realizadas, menos de 10%. O texto reconhece as dificuldades logísticas e operacionais, e destaca o bom andamento do estudo (leia aqui).  A dificuldade em cumprir a meta foi provocada, em grande parte, por um erro do Ministério da Saúde, que não comunicou as prefeituras locais a tempo de garantir o necessário apoio aos pesquisadores (leia aqui).

Márcia Cavallari Nunes, CEO do Ibope Inteligência, corrigiu ontem a informação de que 13 cidades teriam de sair da amostra em virtude dessas dificuldades, afirmando agora que essa era uma estimativa feita a partir dos resultados do primeiro dia de coleta. “Mesmo nas cidades onde tivemos problemas, temos entrevistas realizadas e será dado o devido tratamento estatístico para elas”, explica. A UFPel divulgou

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EM CAMPO: pesquisadores foram testados antes de ir à campo e usaram EPIs durante todo o tempo

dois mapas parciais, com os números de entrevistas feitas segunda e terça-feira, que mostram uma situação razoável apenas na região Sul. Na região Nordeste a meta foi cumprida em apenas nove das 42 cidades selecionadas, sendo que em 13 delas ficou abaixo de 20%. Em São Luiz, capital do Maranhão, e em Caicó, no  Rio Grande do Norte, foram feitas apenas cinco entrevistas; em Picos, no Piauí, e Petrolina, em Pernambuco, nenhuma. No Sudeste, os pesquisadores só conseguiram entrevistar as 250 pessoas previstas em cinco das 33 cidades. Em 23 – mais da metade das cidades selecionadas -, a coleta ficou abaixo de 50%. No Centro Oeste apenas em Corumbá, capital do Mato Grosso do Sul, a meta foi integralmente cumprida. (veja o mapa completo aqui).

Na quarta-feira, Márcia esperava um aumento no número de entrevistas depois da liberação do estudo em algumas

cidades e com a continuidade dos trabalhos de campo. Ela afirma que os problemas na coleta não aconteceram apenas em virtude da falta de autorização. “Tivemos cidades onde houve hostilidade contra os entrevistadores, que foram expulsos, em outras houve roubo do material para testes e de EPIs e outras ainda, perda desse material em função da averiguação feita sem o devido cuidado”, conta.

Além de estender os trabalhos de campo, o Ibope Inteligência informou que dará assistência jurídica para os fornecedores que tenham casos de entrevistadores que assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), como em Barra dos Garças, no Mato Grosso. Acusados de exercício ilegal da profissão e de espalhar doença contagiosa, os 15 entrevistadores irão responder a inquérito e precisarão de um advogado para defendê-los.  

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