INSTITUTO
WALTER LESER
Saúde coletiva & cidadania
13h30
Policromática
Amelinha Teles
ativista feminista e de direitos humanos. Projeto Memória da Ditadura
Rita von Hunty, youtuber drag criada pelo ator, sociólogo e professor de inglês Guilherme Terreri Pereira
Cleyton Abreu, coordenador do Centro de Referência para Refugiados da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo
Izabel Maria Madeira de Loureiro Maior, militante dos direitos de Pessoas com Deficiência (PCD)
Auto biografia
Ariovaldo Ramos,
um dos fundadores e coordenador da Frente Evangélica pelo Estado de Direito
Antonio Junião, jornalista e cartunista da Ponte Jornalismo
Com seis representantes emblemáticos de grupos sociais distintos, a mesa “A humanidade policromática assim como ela é: quando as águas se encontram”, promete promover um debate fértil, intenso, quente e necessário, de como os movimentos refletem a diversidade da humanidade e, de fato, defendem direitos humanos de pensamento e de expressão social, convergindo na luta pela dignidade. Temos a ativista feminista e de direitos humanos Amelinha Teles, que enfrentou a polícia da ditadura ainda muito jovem, militou em grupos armados e foi presa. Sempre se manteve ativa na luta, construindo uma grande e movimentada família. Sua vida é contada pelo projeto Memória da Ditadura, do Instituto Vladimir Herzog.
Ao lado de Amelinha, teremos Cleyton Abreu, jovem militante dos direitos humanos, coordenador do Centro de Referência para Refugiados da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo. A Cáritas e as pastorais que atuam na maior e mais atrativa cidade do país são as únicas opções de atendimento aos imigrantes e refugiados. Nos canais formais e governamentais, a única porta para estrangeiros é a Polícia Federal. E também o pastor Ariovaldo Ramos, um dos criadores e coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito. Dedicado a ações em favor de crianças e adolescentes vulneráveis, Ariovaldo é um dos principais teólogos brasileiros da Missão Integral, teologia Latino Americana que defende a promoção da salvação e também da dignidade e justiça, alterando a realidade social, como missão da igreja. O pastor começou seu trabalho na Praça da Sé, nos anos de 1990, ajudando
as crianças e adolescentes que vivam ali a se reconectarem com suas famílias. Depois ajudou as famílias das 21 vítimas da Chacina de Vigário Geral, mortos pela polícia, elegeu-se presidente da ONG Visão Mundial no Brasil; e integrou o Conselho de Segurança Alimentar da Presidência da República entre 2002 e 2007.
Para completar a paleta de cores dessa mesa, a organização convidou a drag queen, apresentadora e youtuber Rita von Hunty, criada pelo ator, professor e pesquisador Guilherme Terreri. Com elegância, naturalidade e bom humor, Rita aborda questões espinhosas do mundo do trabalho, discute preconceito e conceitos e ensina a cozinhar. E a professora Izabel Maria Madeira de Loureiro Maior, cadeirante e há mais de 30 anos militante dos direitos de Pessoas com Deficiência (PCD). Foi a primeira pessoa com deficiência a comandar a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e premiada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) pela sua “contribuição ao desenvolvimento de um continente mais inclusivo”, em 2010.
O jornalista e cartunista Antonio Junião foi chamado para mediar as falas e misturar todas essas experiências. Hoje na Ponte Jornalismo, Junião desde sempre usa seu traço contra o ataque à juventude negra nas periferias das cidades. Nascido em Campinas, cursou a Faculdade de Educação Artística na Unesp-Bauru e trabalhou como chargista ou ilustrador nos jornais Diário do Povo e Correio Popular (Campinas), Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, Veja, Lance! E na revista Courrier International (França).