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Pandemia

02 de abril de 2020

COVID-19 se espalha entre trabalhadores da saúde

Desprotegidos e desorientados, eles seguem na linha de frente da luta contra a doença

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Faltam Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para cerca de 71% dos profissionais que atuam na rede de saúde do País. A descoberta é de uma pesquisa realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por meio de um formulário online, que apresenta uma checklist para levantar as condições de trabalho a que esse profissional está sujeito com o crescimento dos casos de COVID-19. Foram compilados os dados coletados até o dia 31 de março, informados por 3.227 profissionais. Quase dois terços dizem que não estão recebendo ou usando máscaras N95 ou PFF2, avental, luvas descartáveis  e protetor facial quando há contato com suspeitos ou confirmados com COVID-19.

Não existe até aqui, um levantamento oficial de profissionais da área contaminados, mas apenas em dois grandes hospitais de São Paulo, cidade que é o epicentro da pandemia no Brasil, foram registradas 452 contaminações. Um levantamento feito pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, em três grandes hospitais encontrou mais de 600 funcionários afastados, com confirmação de contaminação pelo corona vírus.

A pesquisa do MPT também descobriu que 74% dos locais de trabalho não estão preparados para receber pacientes com suspeita ou confirmados para COVID-19 e 56% não possuem leitos ou área de isolamento para a doença. São Paulo (407), Bahia (385), Minas Gerais (288) e Rio de Janeiro (278) foram os Estados com mais trabalhadores que responderam ao formulário.

O formulário continua online e ativo e os seus resultados irão orientar o planejamento de atuação do MPT para garantir a proteção de profissionais de saúde e da própria população.

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Mandetta: Não tem nem para comprar

Notícias de casos de médicos e técnicos de enfermagem infectados na rede particular explodiram na mídia essa semana. Dois hospitais da rede privada, Sírio Libanês e Albert Einstein, informaram que 452 funcionários foram diagnosticados com o vírus e estão afastados. Prefeitura e Estado não dispõe de levantamentos e as reuniões da mesa técnica instituída pelo comitê de gerenciamento municipal, segundo o Sindicato dos Servidores Municipais, se mostrou inútil. A avaliação está registrada em ata divulgada pelo sindicato, que também alerta para a possibilidade de a subnotificação ser uma política de Estado: “Para o sindicato, a ausência de óbitos registrados nos hospitais municipais nos obriga a questionarmos a política de testagem dos pacientes para COVID-19 e encararmos com seriedade a hipótese de subnotificação como política de Estado, o que seria extremamente grave e altamente prejudicial para uma cidade que exige medidas imediatas de combate ao Coronavírus”

Outra medida para tentar melhorar o atendimento dado à pacientes de COVID-19, desta vez do governo do Estado, é a criação na última terça-feira (31), de um canal para "teleconsultas" no sistema público do estado. De acordo com informações divulgadas pela assessoria de imprensa, o método "será usado no tratamento de pacientes com doenças respiratórias graves decorrentes do novo coronavírus na rede de hospitais públicos da Secretaria de Estado da Saúde. A nota diz ainda que "uma equipe estará em conexão por videoconferência com outros médicos de hospitais da rede, analisando os casos mais complexos, discutindo e sugerindo alternativas para as melhores decisões, obtendo a melhor qualidade possível para os casos que exigem ventilação mecânica".

Sindicatos denunciam inoperância do Estado

No vídeo acima, distribuído pelo Sindicato dos Servidores Municipais, um enfermeiro mostra a fragilidade do avental fornecido pela direção do hospital onde trabalha, na Zona Leste. Os sindicatos que representam os trabalhadores na saúde consideram o cenário alarmante e preveem que a tendência é piorar, caso governos nacionais, estaduais e municipais não trabalharem juntos numa solução. Em coletiva ontem (01/04), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou ao país que não está conseguindo comprar esses equipamentos, por excesso de demanda inclusive fora do país, o que aumentou ainda mais o temor de que a COVID-19 se transforme em um flagelo sobre a categoria.

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