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30 de julho de 2025 

Saúde do trabalhador

ObAgro e IWL lançam programa voltado para proteção de trabalhadoras gestantes

  O ObAgro vai estudar o risco para a gestação presente nas linhas de processamento de carne. O projeto nasceu em virtude da multiplicação de casos, noticiados de forma pontual, como eventos isolados e motivados por problemas relacionados a uma gestão tóxica, o que esconde problemas mais graves, como a exposição maior a risco biológico, doenças infectocontagiosas ou a transtornos relacionados a gestação. Os frigoríficos empregam quase 700 mil trabalhadores, contribuem com R$ 623 bilhões (5,7%) do PIB brasileiro (2023) referente a agroindústria e estão entre as que mais causam doenças e acidentes de trabalho

  "Nosso objetivo é aprofundar as pesquisas relacionadas as grávidas que trabalham em frigoríficos, para organizar e colocar em funcionamento ações que possam concretamente reduzir o número de problemas na gestação destas mulheres, inclusive, com a diminuição do número de abortos, que apresentam uma frequência maior quando comparadas as gestantes de outros ramos econômicos", afirma Roberto Ruiz, pesquisador do ObAgro. 
  O programa está, neste momento, em fase de estruturação do projeto, montagem de equipe de trabalho  e formulação, descrição e detalhamento

Riscos para grávidas podem ser 220% maiores

O trabalho nos frigoríficos pode ser 220% mais arriscado para mulheres grávidas quando comparado com a média geral. Essa informação aparece quando se analisam dados de afastamentos por problemas de saúde do INSS por meio da metodologia do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), que no entanto, ainda não inclui os transtornos maternos como doença relacionada às linhas de produção da carne. 

  O índice de 220% de excesso de risco para transtornos maternos acontece nas linhas de processamento de aves e suínos, quando levados em conta todos os outros segmentos econômicos. Para os abatedouros de bovinos, a proporção é menor, mas ainda superior à média: 34%. As informações foram organizadas em um procedimento do Ministério Público do Trabalho (MPT) e se referem ao período de 2000 a 2016. 

LEIA MAIS em reportagem publicada no REPÓRTER BRASIL

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das propostas a serem implantadas na segunda fase, organizada em dois eixos:

  • implantação do Programa de atendimento a gestante pelo núcleo nacional, viabilizado por teleatendimento, grupo de WhatsApp ou aplicativo próprio (APP), realizado por profissionais especializados, das áreas de enfermagem, assistência social e medicina;

  • início das pesquisas a serem desenvolvidas.

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