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Montevideu - agosto de 2019

JUCA KFOURI entrevistaMAURÍCIO ROSENCOF

Maurício Rosencof emocionou a plateia do primeiro dia do 6º Congresso Internacional de Ciências do Trabalho, Meio Ambiente, Direito e Saúde ao contar suas experiências ao longo de 13 anos em que passou como refém das forças do Estado uruguaio, no período da ditadura. Como bom poeta, Maurício escolheu as histórias mais simples, no lugar de relatos dos castigos e agressões que sofreu, ou do cotidiano duro a que ficou submetido.


Como a da pequena pedra que deu de presente para a sua filha, então uma criança de 8 anos, em uma visita. Lembrou com ela a história das pedras que Pedro usou para achar o caminho de casa, dizendo que haviam sobrado apenas três e que aquela era uma dessas três pedras. "Não tinha o que dar a ela, então contava histórias", explicou Depois 

soube depois que a filha guardava essa pedrinha debaixo do travesseiro, para "ajudar o papá a encontrar o caminho de volta pra casa", contou.  

Rosencof fez parte da cúpula do Tupamaros, um grupo de oito pessoas, soltas algum tempo depois da anistia no Uruguai. "Fomos os últimos a sair", disse. E um dos três protagonistas do filme Uma Noite de 12 anos, que conta a sua história, juntamente com José Julica e Eleutério

Ou de como as cartas de amor que escrevia para seus carcereiros entregarem às suas amadas abriu uma "ventanita" em seu cotidiano vazio, que lhe permitiu manter a sanidade no mais profundo isolamento e depois, sair e continuar resistindo e lutando. 

Veja aqui a íntegra da entrevista.

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