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DOSSIÊ COVID NO TRABALHO

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Ícone da pandemia

Cleonice Gonçalves
Empregada doméstica, primeira vítima fatal do estado do Rio de Janeiro
faleceu em 22 de março de 2020 

Cleonice Gonçalves, 63 anos, cozinhava há vinte anos para uma família do Alto Leblon, na cidade do Rio de Janeiro. Sua patroa havia voltado da Itália logo depois do Carnaval com sintomas da doença, ficou em quarentena, mas não a dispensou. Isso só aconteceu quando Celonice também começou a se sentir doente. Sua patroa então, enviou-a para Miguel Pereira,  que fica a 120 quilômetros do Leblon, de taxi. Cleonice foi internada no dia 16 de março; no dia seguinte a patroa avisou a família de que o seu teste dera positivo. No hospital, sem essa informação, Cleonice foi submetida a exames de rotina. O diagnóstico inicial foi infecção urinária. O caso ganhou

repercussão internacional por ter sido noticiado pela agência Reuters e republicado por diversos veículos, entre eles o The New York Times com o título A Brazilian woman caught coronavirus on vacation. Her maid is now dead (Uma mulher brasileira pegou coronavírus nas férias. A empregada dela agora está morta). O caso passou a ser citado em 9 de cada 10 estudos sobre o comportamento da doença e líderes da categoria passaram a ser procuradas pela imprensa. O nome da família que a empregava jamais foi mencionado. E a sua família se fechou, em luto. Cleonice, que era empregada doméstica de alta performance, tornou-se um ícone da doença.

Essencial são nossos direitos

CAMPANHA DA FEDERAÇÃO NACIONAL DE TRABALHADORAS DOMÉSTICAS

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CITAÇÕES

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