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Pandemia

17 de junho de 2020

Pandemia afeta mais de 46 milhões de trabalhadores

A pandemia  impediu, até agora, que 28,6 milhões de brasileiros encontrassem ou pudessem trabalhar. O número é a soma dos 17,7 milhões que não procuraram trabalho por causa da pandemia, às 10,8 milhões de pessoas que estavam disponíveis e procuraram trabalho na última semana de maio, mas não encontraram vaga. Essa é uma das primeiras descobertas da PNAD covid-19, uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do IBGE, realizada com apoio do Ministério da Saúde, para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho. 

No final de maio, segundo estimativa da pesquisa, o Brasil tinha 84 milhões de pessoas ocupadas e mais de 74 milhões de desalentados: desempregados que, no entanto, não procuravam trabalho. Entre esses desalentados, 25 milhões gostariam de trabalhar e 51 milhões disseram não procurar trabalho por causa da pandemia. Embora apontem para certa estabilidade no número de desempregados, os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea) Marco Antônio Cavalcanti e Maria Andréia Parente Lameiras, consideram muito elevados os números de desalentados: “O total de pessoas sem emprego, mas que gostariam de trabalhar chegou a 36,6

Número é a soma dos 28,6 milhões de brasileiros que se viram impedidos de encontrar um trabalho, com os 17,6 milhões que foram temporariamente afastados

milhões no final de maio. Vale notar que a pandemia foi provavelmente o principal fator que levou as pessoas que gostariam de trabalhar a não procurar emprego na semana de referência”, escrevem em análise publicada na Carta de Conjuntura 57.

Os pesquisadores apontam  também o grupo de 17,6 milhões de trabalhadores ocupados, mas temporariamente afastados, como grupo afetado pela doença, sendo que 14,6 milhões deles (ou 82,8% do total) estavam em quarentena, isolamento, distanciamento social ou em férias coletivas.

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A análise do Ipea diz que há uma relativa estabilidade na taxa de desocupação em maio, “apesar do significativo choque adverso causado pela pandemia” e aponta como causa desse fenômeno, além do número elevado de desalentados, as possibilidades de trabalho remoto em diversas atividades produtivas, que permitiram manter um grande contingente de pessoas ocupadas e trabalhando. São mais de 8,8 milhões  de pessoas trabalhando em casa, 13,4% dos empregados e não afastados.

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