INSTITUTO
WALTER LESER
Saúde coletiva & cidadania
Quilqapayún - Que dira el Santo Padre, Te recuerdo Amanda
Conjunto formado em Santiago do Chile em Julho de 1965, inicialmente por Júlio Numhauser e pelos irmãos Eduardo e Júlio Carrasco e mais tarde, Patrício Castillo e que integrou o movimento Nueva Cancion no Chile. Na língua mapuche, quilqapayún quer dizer "três barbas" e foi escolhida como nome pelo grupo por ser indígena com acento na última sílaba. Com colaboração de Ángel Parra no início da carreira, juntavam valores da cultura nativa latinoamericaca com reivindicações sociais. Usavam ponchos negros barbas e instrumentos andinos, como charango, quena e zampoña, em arranjos com violão e bumbo. Defendiam esses valores e reivindicações em cantatas, como a de Santa María de Iquique, sobre os assassinatos de operários das minas de salitre em Iquique em dezembro de 1907, conhecido como o Massacre de Iquique. Foram várias cantatas ao longo da carreira: Vivir como El, de Frank Fernández e Luís Advis e
trechos narrativos ditados por Héctor Duvauchelle, feita em homenagem ao guerrilheiro vietnamita Nguyá» n VÄn Trá»i e gravada pela Dicap em 1971; La fragua, escrita por SérgioOrtega, sobre a história da luta de classes, também gravada pela Dicap dois anos depois. Engajaram-se na campanha de Salvador Allende, nos anos de 1970, quando gravaram Venceremos, hino oficial da campanha, escrito por Cláudio Iturra sobre a música composta por Sérgio Ortega. Estavam na França quando houve o golpe, em 1973, ficando impedidos de voltar para o Chile. Os anos seguintes foram dedicados à luta pelo fim da ditadura chilena e também, de alterações na sua formação. Quando finalmente puderam voltar, iniciaram um reagrupamento com antigos integrantes e com isso, surgiram duas formações que passaram a brigar na justiça pelo direito de uso do nome. Uma liderada por Rodolfo Parada e outra por Eduardo Carrasco.