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Pandemia

07 de agosto de 2020

Políticas Públicas 

Pandemia vira tragédia no Brasil, que chega a
100 mil mortos

Rede de Pesquisa Solidária divulga boletim que analisa as ações do Estado e as respostas da sociedade à pandemia de covid-19. 

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Clique na imagem para baixar o Boletim 

Pandemia

29 de julho de 2020

Nas favelas

Mais fome, desamparo e violência

Estudo que monitora a evolução dos impactos da pandemia ouve as lideranças de comunidades em nove regiões metropolitanas 

FOTO: TÂNIA REGO/AGÊNCIA BRASIL

67%
Relatam fome e privação de alimentos
56%
Falta de trabalho e desemprego
32%
dificuldade no acesso ao auxílio emergencial
28%
Problemas com infraestrutura (água e energia elétrica, rede de internet e moradia)

 Além da fome, desemprego, e dificuldade no acesso ao auxílio emergencial, as populações que vivem em favelas nas principais regiões metropolitanas do país passaram a enfrentar, esse mês, o aumento da violência, principalmente doméstica, e dificuldades para manter a infraestrutura de sobrevivência básica, como água, energia e moradia. Os resultados da terceira onda de coletas de dados do painel de monitoramento com lideranças comunitárias dos impactos do avanço da pandemia do Covid-19 mostram comunidades confusas diante da retomada da economia, e a necessária flexibilização do isolamento social. 

 Com a crise financeira atingindo agora também os pequenos comerciantes de uma maneira muito forte, mesmo com a percepção de que a flexibilização piorou a pandemia em seus territórios, conforme relato de 80% deles em oito regiões metropolitanas, os líderes assumem posições contraditórias a respeito dos impactos que terão de enfrentar: 30% das lideranças ouvidas tem medo do aumento do contágio; mas 20% não acreditam na gravidade da pandemia. Há ainda medo do transporte público superlotado e incertezas quanto à segurança no retorno às aulas presenciais.

 Nessa terceira consulta, realizada entre os dias seis e 16 de julho, apareceram novas dimensões da violência: há um aumento perceptível na que ocorre dentro de casa, daquela decorrente do aumento do uso de drogas e de conflitos com a polícia. Com relação à fome, a tendência é piorar, já que as lideranças informaram que há uma redução nas doações e no número de cestas básicas distribuídas, e ao mesmo tempo, um aumento rápido da demanda por esse tipo de assistência. 

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SOBRE A REDE
A Rede de Políticas Públicas e Sociedade, de pesquisa solidária, é formada por mais de 70 pesquisadores - cientistas políticos, sociólogos, médicos, psicólogos e antropólogos, alunos e professores - “inteiramente preocupados com o curso da crise provocada pelo coronavírus no mundo e em nosso país”. É, além de multidisciplinar, multi-institucional: tem representantes da USP, UFRN, CEBRAP, Nic.br, Fundação Joaquim Nabuco, AFRO-Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial, e também da Universidade de Chicago, Texas A&M University, Tulane University, nos Estados Unidos; e Universidade de Oxford, do Reino Unido. O grupo mantém seis projetos de pesquisa: Monitoramento de Políticas Públicas, de Lideranças Comunitárias, Mercado de trabalho e renda, Proteção social e políticas

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emergenciais para mitigar a crise do mercado de trabalho, Uso de indicadores  na avaliação do acesso a serviços de saúde no Brasil durante a pandemia da COVID-19 e Pandemia, cidades e políticas de transportes.

Para este Boletim, que traz os resultados do monitoramento de lideranças, foram contatadas as mesmas lideranças das duas ondas anteriores, consolidadas nos Boletins # 7 e # 12 (PDF disponíveis no site), assim como novos representantes das mesmas regiões. O levantamento traz os resultados de 75 entrevistas realizadas com lideranças de áreas urbanas das regiões metropolitanas de Manaus, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Salvador, Joinville e Maringá. Os resultados foram elaborados a partir do depoimento direto de 75 lideranças (de um total de 117 contatadas) que responderam perguntas padronizadas por meio de aplicativos de celular. 

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